sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Gosto



 





Estava aqui refletindo sobre a construção dos gostos.
Muito interessante a forma como ao longo da vida eles vão sendo despertados.
São sabores, cheiros, cores e sensações que magicamente tomam seus sentidos,
constroem memórias e ficam fazendo parte de você.
Eu por exemplo, não nasci amando queijo com geleia de laranja e detestando leite...
Achando que café absolutamente puro e

suco de laranja me dizem bom dia,
Que uma simples massa tem o poder de se transformar em uma das melhores

 coisas que já comi na vida,
Que um dos melhores perfumes que conheço é o da pimenta e

que ela ainda tempera e embeleza,
Que o preto e branco, absurdamente opostos, são as cores mais belas do

mundo e que ainda assim, há quem não as considere cores,
O verdadeiro fascínio que traz o gosto, penso eu, está na possibilidade de

 experimentar, quiçá eternizar.
Como eu cheguei a tudo isso?
Pensando que o açúcar por si só é a coisa mais sem graça que eu já experimentei nesse mundo, chegando ao extremo de acabar com o sabor do melhor café.
 



Foto: Ione Avelar