Neste último final de semana aproveitei para conferir o novo filme da sempre maravilhosa Meryl Streep: Ricki and the Flash, e como não poderia deixar de ser, saí do cinema
inspirada em persistir eternamente nas coisas que fazem meu coração disparar; sejam
elas quais forem.
O filme nos presenteia com a voz espetacular de Meryl em um formato completamente distinto do que já vimos até agora em outros filmes e ainda há o bônus de a vermos realmente
tocando baixo e guitarra, pois segundo as informações que colhi, ela ganhou
intimidade com os instrumentos e dedicadamente os aprendeu à tocar.
Ricki and Flash é em minha opinião um grande filme repleto de questões interessantes, como
os tais papéis e fórmulas convencionais, que nos são impostos socialmente sem
que jamais alguém nos pergunte se é isso que desejamos.
Coloca em discussão os valores cobrados a quem opta por fazer o que ama e a felicidade
condicional que vivemos, quando precisamos administrar o que nos é subitamente
tirado ao fazermos uma escolha incomum.
Nos faz refletirmos em por que, é tão difícil conceder a um sujeito o direito de ser exatamente
como este o é, sem estar aprisionado a rótulos do que se espera dele.
No filme fica claro que pouco importa se homem ou mulher; pai ou mãe; filho ou
filha... independe de gênero, posição social, profissional e financeira o que vale e deve
ser respeitado, é mesmo o a essência daquilo que se é, exatamente do jeitinho que
somos e com os valores que temos a oferecer.
Vale sim, e dá para ser uma boa mãe, ainda que "diferente", dá para ter um emprego só para
custear as despesas da vida e fazer em outro horário aquilo que se ama, mesmo
que não te renda dinheiro... mas se o faz feliz, já vale o sacrifício.
Dá para gostar de rock e usar roupas estranhas, falar gíria e ser maluco; também dá para ser todo certinho, clássico e adorar uma mesa bem posta com todas as
"frescuras" que se tem direito ...
Nenhum destes "jeitos" faz um melhor que o outro e nenhum deles é errado ou correto; não
é o fato de você estar sempre "quebrado" financeiramente ou
"mais folgado que as calças do palhaço" que fazem
de você uma pessoa que deu certo.
O que você tem a oferecer, nada tem a ver com um estereótipo visual criado por
convenção; e o padrão só serve para indicar irregularidade, e não "defeito".
"Dar certo" é muito relativo em meu entender se você está feliz... deu certo!
Ouvi algumas opiniões as quais diziam que o filme que o filme tratava de questões femininas.
Eu não o vi assim...
Relações (familiares ou não) e preconceitos são questões inerentes
ao ser humano, não à mulher.
Creio que o filme faz deferência mesmo a quem como já disse acima
não desiste de perseguir seu sonhos.
Super recomendo o filme.
Mas lembro que cada criatura tem sua percepção...
Esta é a minha!