terça-feira, 8 de setembro de 2015

O que você anda perseguindo? Ricki and the Flash: De Volta pra Casa



Neste último final de semana aproveitei para conferir o novo filme da sempre maravilhosa Meryl Streep: Ricki and the Flash,  e como não poderia deixar de ser, saí do cinema
 inspirada em persistir eternamente nas coisas que fazem meu coração disparar; sejam
elas quais forem.
O filme  nos presenteia  com a voz espetacular de  Meryl em um formato completamente distinto do que já vimos até agora em outros filmes e ainda há o bônus de a vermos realmente
tocando baixo e guitarra, pois segundo as informações que colhi, ela ganhou
 intimidade com os instrumentos e dedicadamente os aprendeu à tocar. 
Ricki and Flash é em minha opinião um grande filme repleto de questões interessantes, como
 os tais papéis e fórmulas convencionais, que nos são impostos socialmente sem
que jamais alguém nos pergunte se é isso que desejamos.
Coloca em discussão os valores cobrados a quem opta por fazer o que ama e a felicidade
 condicional que vivemos, quando precisamos administrar o que nos é subitamente
 tirado  ao fazermos uma  escolha incomum.
Nos faz  refletirmos em por que, é tão difícil conceder a um sujeito o direito de ser exatamente
 como este o é, sem estar aprisionado a rótulos do que se espera dele.
No filme fica claro que pouco importa se homem ou mulher; pai ou mãe;  filho ou
filha... independe de gênero, posição social, profissional e financeira o que vale e deve
 ser respeitado, é mesmo o a essência daquilo que se é, exatamente do jeitinho que
somos e com os valores que temos a oferecer.
Vale sim, e dá para ser uma boa mãe, ainda que "diferente", dá para ter um emprego só para
custear as despesas da vida e  fazer em outro horário aquilo que se ama, mesmo
 que não te renda dinheiro... mas se  o faz  feliz,  já vale o sacrifício.
Dá para gostar de rock e usar roupas estranhas, falar gíria e ser maluco; também dá para ser todo certinho, clássico e adorar uma mesa bem posta com todas as
 "frescuras" que se tem direito ...
Nenhum destes "jeitos" faz um melhor que o outro e nenhum deles é errado ou correto; não
 é o fato de você estar sempre "quebrado" financeiramente ou
 "mais folgado que as  calças do palhaço" que fazem
 de você uma pessoa que deu certo.
O que você tem a oferecer, nada tem a ver com um estereótipo visual criado por
convenção; e o padrão só serve para indicar irregularidade, e  não "defeito".
"Dar certo" é muito relativo em meu entender se você está feliz... deu certo!
Ouvi algumas opiniões as quais diziam que o filme que o filme tratava de questões femininas.
Eu não o vi assim... 
Relações (familiares ou não) e preconceitos são questões inerentes
 ao ser humano, não à mulher.
Creio que o filme faz deferência mesmo a quem como já disse acima
 não desiste de perseguir seu sonhos.      
Super recomendo o filme.
Mas lembro que cada criatura tem sua percepção...
Esta é a minha!      
   
                          Ah! Mais um detalhe a trilha sonora é genial!