Conforme o tempo passa começamos a dar vazão a novos hábitos, coisas que em
determinados momentos por diversas razões não fizemos.
Em Agosto de 2012 usei uma bike para explorar alguns locais de Portugal, em Abril
Em Agosto de 2012 usei uma bike para explorar alguns locais de Portugal, em Abril
deste ano o fiz novamente em Paris e descobri que gosto dessa
liberdade sem compromisso.
O resultado foi que em Novembro último comprei uma bike.
O resultado foi que em Novembro último comprei uma bike.
Como não poderia deixar de ser, naturalmente quando me envolvo muito com uma
questão logo aparecem meus questionamentos; e eu já fiquei imaginando
as história geniais que deveriam haver por trás da tal "magrela".
Não vou me deter em discussões irrelevantes e aborrecidas, sobre quem de fato foi
o inventor, até por que existem historicamente muitas controvérsias
e alguns nomes que disputam este título.
O que interessa é na verdade o fato de que a bike passou por um longo processo de
evolução nas mãos de diversas pessoas e nacionalidades; para a termos como ela hoje
é, franceses, alemães, ingleses e americanos trabalharam em melhorias
é, franceses, alemães, ingleses e americanos trabalharam em melhorias
complementares e em diferentes períodos desde 1790
e deste processo surgiram engenhocas genialmente
divertidas, como é o caso do celífero.
Um dos primeiros "protótipo de bike", se é que o posso chamar assim
por que tratava-se na verdade de duas rodas unidas por um quadro onde o intrépido condutor sentava-se (pois não havia selim) e suponho eu: rezava, antes impulsionar
com os pés a geringonça ladeira abaixo; já que esta versão não possuía nenhuma
espécie de mecanismo de direção, freio, ou
capacidade de fazer curvas.
Não tenho a menor dúvida, o criador o Conde Mede de Sivrac deve ter experimentado uma adrenalina sem igual; e imagino também que este devia ser uma criatura
dotada de um bom senso de bom humor, pois é certo que deve ter delirado muito
transitando entre o divertimento e a frustração com a sua criação; vale
salientar, que estamos aqui por volta de 1790 na França e o celífero era de madeira.
Imaginem o resultado das quedas ...
Ilustração: Pinterest
Também fiquei curiosa sobre este conde, que em época tão remota e tediosa procurava
diversão e minha surpresa foi enorme ao descobrir que praticamente não existem
informações sobre ele, a não ser as que mencionei acima
e ainda circulam na internet algumas versões estapafúrdias e não comprovadas
que afirmam que este conde, na verdade seria uma figura fictícia
criada por um jornalista para conceder moral a França no processo da criação
da bike; mas de qualquer forma me sinto na
obrigação de mencioná-la aqui.
Outro fato muito interessante e que explica o respeito que há na Europa pelos ciclistas
é a da criação da primeira ciclovia na França por volta de 1862.
Ela decorreu da necessidade de ordenar o tráfego da época entre bikes e as carroças
e charretes, pois freqüentemente ocorriam sérios acidentes nas vias, por que
os cavalos assustavam-se e feriam ciclistas.
Achei essa informação muito engraçada, fiquei imaginando Paris em 1862 com as ruas
cobertas por veículos de tração animal e bikes nas ciclovias, isso para minha pessoa
é o que chamo de "belle époque".
Além de criar as ciclovias Paris é um exemplo de como se mantém uma política
de proteção ao ciclista funcionando, afirmo isso, por que em Abril de 2014
estive pedalando pelas ruas da Cidade Luz e testemunhei várias vezes
os fiscais multando os motoristas de carros que insistem
em descumprir a lei e estacionam nas ciclovias.
Resumo da ópera: se as bikes forem respeitadas ganhamos todos.
Melhora o condicionamento físico, o humor, você conhece lugares
que antes nunca tinha notado, ganha novas percepções
Melhora o condicionamento físico, o humor, você conhece lugares
que antes nunca tinha notado, ganha novas percepções
e ainda ajuda o meio ambiente que agradece
muito!
muito!
É como eu suspeitava... a "magrela" tem mesmo muitas e belas histórias.
Ilustração:Pinterest